Hoje em dia o anticoncepcional já é conhecido e utilizado por toda a população feminina. Mas como decidir qual o melhor tipo para o seu perfil?
Na vida corrida que as mulheres levam atualmente o anticoncepcional tem que ser muito bem escolhido para evitar esquecimentos, indisposições, náuseas, escapes e riscos como a trombose. Além de auxiliar no tratamento de alguns sintomas como TPM, menstruações em grande volume, enxaqueca, oleosidade, acne entre outros.
O mercado dispõe de uma imensa gama de opções e falaremos um pouquinho de cada uma delas a seguir:
– Anticoncepcional combinado oral com pausa: o mais tradicional e conhecido método é a famosa pílula. Quando tomada de forma intermitente pode variar em pausas de 4 ou 7 dias entre as cartelas, as pausas devem ser respeitadas da forma correta para não reduzir a eficácia da medicação. Nesta opção encontramos uma combinação de hormônios (estrogênio e progesterona) que deve ser escolhida de acordo com os objetivos da mulher. Pode ser um aliado no controle da oleosidade e acne, porém um vilão em casos de enxaqueca ou baixa libido.
– Anticoncepcional combinado oral sem pausa: neste caso a pílula é ingerida de forma contínua, sem pausa, visando o público feminino que considera a menstruação um desconforto ou que sofre com quadros de cólicas menstruais importantes, anemia decorrente do sangramento, TPM entre outros.
– Anticoncepcional oral com progestágenos: tradicionalmente conhecido pelo seu uso no período da amamentação também deve ser administrado de forma contínua e deixa a paciente sem menstruar. Atualmente tem ganhado espaço como opção de anticoncepção em mulheres acima dos 40 anos ou com quadros de enxaqueca sensível ao estrôgenio. Deve ser de conhecimento da paciente que episódios de escape com pequeno volume de sangramento esporádico são um efeito colateral possível e que tal evento não reduz sua eficácia contraceptiva.
– Injetáveis: podem apresentar combinação de hormônios (estrogênio e progesterona) ou apenas progesterona. São uma opção para pacientes com intolerância ao uso via oral das pílulas, adolescentes com alto índice de esquecimento na ingestão dos comprimidos ou em outros casos específicos. Também acompanhados de alguns efeitos colaterais, quando prescritos devem sempre ser aplicados por um profissional da área da saúde em injeção intramuscular mensal ou trimestral.
– Adesivos: uma opção para pacientes com peso < 90kg, sua absorção é transdérmica e pode ser prejudicada pelo excesso de peso da paciente. Em geral a troca dos adesivos é semanal e eles devem ser aplicados nas nádegas, abdome, braços ou costas. Devem ser evitadas áreas de atrito intenso com a roupa e pacientes praticantes de esportes aquáticos com longos períodos de exposição à água. Também é visto como uma opção para as pacientes mais esquecidas pois a troca dos adesivos é semanal, sem necessidade de lembrança diária do método.
– Anel vaginal: um anel flexível de material plástico recoberto com dois hormônios semelhantes aos das pílulas anticoncepcionais combinadas. Após inserido dentro da vagina deflagra a absorção de seus componentes durante 3 semanas de uso. Quando corretamente inserido não é percebido pelas pacientes e aproximadamente 70-80% dos parceiros sexuais também não notam a presença do anel. Como efeito colateral pode aumentar a quantidade de secreção vaginal normal, sem favorecer infecções genitais.
– Implante subdérmico: com duração de 3 anos após inserção, compreende um bastão de material plástico que é inserido na face interna do braço da paciente. O bastão é recoberto de progesterona que será absorvida ao longo de seus 3 anos de duração. Frequentemente leva a paciente à amenorreia (ausência de menstruações) podendo causar sangramentos indesejados durante seu uso. Permitido na fase da amamentação.
– DIU: com duas opções no mercado ele pode ser recoberto de íons de cobre ou um tipo de progesterona. Tem duração de 5-10 anos (dependendo do tipo) e pode ser inserido em uma simples consulta com anestesia local no colo do útero. O tipo de DIU deve ser escolhido de acordo com o perfil da paciente, visto que o DIU de cobre pode aumentar o fluxo e o volume menstrual enquanto a opção recoberta pelo hormônio faz a paciente parar de menstruar ou reduzir seus ciclos dramaticamente.
Importante ficar a informação de que devemos entender as diferenças entre as inúmeras opções no mercado, para assim encontrar a que melhor se encaixa no seu perfil.
Todos estes métodos, quando usados da forma correta, apresentam uma alta eficácia contraceptiva e baixíssimo índice de falhas.
Converse com seu Ginecologista e encontre o melhor método para você!
Dra. Naira Scartezzini Senna